sexta-feira, 25 de outubro de 2024

SANTA SÉ ESTÁ PRÓXIMA AO SOFRIMENTO DO LÍBANO, "FAROL DE PAZ" NO ORIENTE MÉDIO

 VATICANO

Santa Sé está próxima ao sofrimento do Líbano, "farol de paz" no Oriente Médio

Em discurso na Conferência Internacional em Apoio à População e à Soberania do Estado do Oriente Médio, dom Mirosław Stanisław Wachowski, subsecretário do Vaticano para as Relações com os Estados, observa como o drama do conflito recai especialmente sobre as aldeias cristãs do Líbano, desejando que continue sendo um “farol de paz e estabilidade” em toda a região.

Edoardo Giribaldi - Vatican News

“Um oásis de fraternidade, onde coexistem grupos religiosos e confessionais”, um "farol de paz e estabilidade" no Oriente Médio, para o qual é imperativo que "a comunidade internacional assuma os desafios" que é chamada a enfrentar. Essa é a posição da Santa Sé expressa pelo subsecretário para as Relações com os Estados, dom Mirosław Stanisław Wachowski, na Conferência Internacional em Apoio à População e à Soberania do Líbano, em andamento em Paris.

Apelo por um cessar-fogo imediato

A Santa Sé, disse dom Wachowski, “compartilha o sofrimento do povo libanês”, ampliado àquele de “outros povos do Oriente Médio”. O apelo do Papa Francisco para “um cessar-fogo imediato em todas as frentes”, recorrendo à “negociação” e à “mediação”, como “proposto pelo Estatuto das Nações Unidas”, foi reiterado por dom Wachowski, observando a necessidade de uma “salvaguarda e promoção” do “precioso” pluralismo que caracteriza o Líbano.

Salvaguardar a integridade territorial

No contexto nacional e do Oriente Médio, o papel das comunidades cristãs é “indispensável e fundamental”, na opinião da Santa Sé, especialmente no “bem-estar” e na “prosperidade”, tornando-se um “componente vital” da identidade libanesa. A esse respeito, o prelado polonês reiterou a “preocupação” da Santa Sé em relação ao cargo de presidente da República do Líbano, atualmente vago. A sua eleição não é uma “mera opção”, mas sim uma “necessidade” para salvaguardar a “independência, a unidade e a integridade territorial do Líbano".
Portanto, espera-se, com a “máxima urgência”, que esse “vácuo institucional” seja “preenchido”.

As consequências do conflito para os civis

O discurso de dom Wachowski abordou o atual conflito no Oriente Médio, que confronta a população com perspectivas de “devastação e perda de vidas humanas”. As maiores pressões recaem sobre as populações do sul do Líbano, “especialmente sobre as aldeias cristãs”. A Santa Sé reiterou seu apelo para o cumprimento das normas internacionais, incluindo “a proteção de hospitais, clínicas, escolas, instituições educacionais e locais de culto que atendem civis”, bem como seus “bens pessoais”.

O compromisso da Igreja libanesa

A comunidade internacional é chamada a ajudar o Líbano a lidar com o fluxo de pessoas deslocadas do norte para o sul do país, observando o compromisso da Igreja, por meio dos esforços da Caritas local e de “numerosas paróquias, escolas, mosteiros e conventos”, em garantir-lhes “proteção e apoio”.

Em seguida, dom Wachowski pediu o “respeito” da missão da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), exigindo a implementação das resoluções da ONU relacionadas ao Líbano, como a jurisdição do governo local sobre todo o território.

"Chega de usar o Líbano e o Oriente Médio"

Continua sendo imperativo deixar de lado as “verdades parciais” para que elas não prevaleçam sobre a esperança das pessoas, concluiu o bispo polonês, citando novamente o Papa Francisco: “Basta com usar o Líbano e o Oriente Médio para interesses e lucros alheios!”.

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25 outubro 2024, 08:00
FONTE: Edoardo Giribaldi - Vatican News

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