terça-feira, 23 de agosto de 2011

17 DE SETEMBRO - FREI AGOSTINHO E FREI OSMAR, 50 ANOS DE VIDA RELIGIOSA.



BIOGRAFIA DE FREI AGOSTINHO
50 ANOS DE VIDA RELIGIOSA


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que
você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender o chamado de Deus,
viver em Cristo ultrapassa qualquer entendimento."


Frei Agostinho Vieira Xavier, ofm, filho de Simão Ferreira Xavier e Rosita Vieira Xavier, nasceu em Quixaba – Município de Canindé – CE, aos 08 de dezembro de 1942. Tornou-se cristão, pelo batismo, na Capela de São José, fazenda Ingá, em julho de 1943, recebendo o nome de ANTÔNIO.

Aos 08 anos foi morar em Canindé, e, logo se apaixonou pelos trabalhos realizados pelos frades, sobretudo, a procissão de Nossa Senhora, no mês de maio. Ele sempre diz: “Minha vocação nasceu e perseverou da devoção a Nossa Senhora, prática que preservo até hoje”.

Em novembro de 1958, com 15 anos entrou no Convento de Santo Antônio – Canindé – CE, para fazer sua primeira experiência como Aspirante a vida religiosa. Aos 11 de setembro de 1961 recebeu o hábito franciscano e fez seus primeiros votos, deixando de usar o nome civil, ANTÔNIO, para ser chamado de FREI AGOSTINHO, como é conhecido até hoje por muitos.

Transferido para o Convento de Ipuarana – Lagoa Seca – PB, em outubro de 1962, onde lá fez o Noviciado do ano de 1965 até julho de 1966. Após terminar sua experiência de Noviço, recebeu carta de obediência para morar no Convento de Santo Cristo – Ipojuca –PE, onde lá ficara por 3 meses exercendo a função de porteiro e retornando ao Convento de Ipuarana após esses meses.

Pelos votos de obediência volta para o Convento de Canindé, em janeiro de 1967, para assumir a tipografia com incumbência de ensinar aos jovens aspirantes e postulantes a arte de encadernação. Fundou no ano de 1968, com apoio da Irmã Amélia o grupo C.J.C. (Comunidade de Jovens Cristãos), grupo esse que acompanhava nas reuniões e formações.

Chegou o dia de reintegrar sua adesão ao Projeto de Deus, era 15 de agosto de 1971, dia em que realizou sua Profissão Solene ou Profissão Perpétua, diante de tantos irmãos na Basílica de São Francisco em Canindé, foi através desse sim que ele mostrou o desejo de se tornar um Profissional Consagrado ao Reino de Deus e sua Justiça. Ele dizia: "Já que não posso escolher como e quando vou morrer, fiz a escolha como vamos viver."

Segundo a Regra da Ordem dos Frades Menores que diz: “Levando à maior plenitude a consagração batismal e respondendo ao chamado divino, os irmãos entregam-se totalmente a Deus, sumamente amado, pela profissão da obediência, da pobreza e da castidade e se torna, por toda existência, um sacrifício oferecido a Deus na caridade (art. 5).

Devido sua forma de organizar carinhosamente tudo que a ele era confiado, no ano de 1981, recebeu a missão de ser Vigário da casa do Convento de Nossa Senhora das Dores, Igreja Otávio Bonfim em Fortaleza, e, vice-mestre de postulante durante esse ano, retornando a Canindé em 1982, para assumir, também, como Vigário da Casa daquela fraternidade. Como vice-mestre mestre sempre dizia aos candidatos: "O que fizer de sua vida é responsabilidade sua. Você tem todos os recursos de que necessita; o que fará com eles é de sua responsabilidade e escolha.
No período de 1982 a 1984, ajudou ao governo da Província como Definidor da Ordem, cargo esse que exerceu com muita humilde e caridade, destacando-se pelo cuidado que tinha com os confrades e, buscando sempre uma melhor forma de ajudar as casas a manter um convívio equilibrado, na vida fraterna, na oração e no serviço aos irmãos.
Assumiu em janeiro de 1988, o cargo de vice-ecônomo, e foi morar no Provincialado dos Franciscanos, em Recife – PE, auxiliando Frei Afonso, ecônomo titular. Ficou pouco tempo com tal responsabilidade, devido ao Guardianato da casa de Mossoró ficar vago, desta forma, foi nomeado Guardião da Fraternidade de Mossoró e assumindo em maio de 1988 a janeiro de 2000. Mais uma vez, durante esse período em Mossoró, destacou-se na organização, limpeza, zelo com os confrades, vida fraterna e oração.

Disponível para a Província volta a Canindé em fevereiro de 2000 como Vigário da Casa, permanecendo naquela fraternidade até janeiro de 2006.

Mais uma carta de obediência chega para Frei Agostinho, desta vez retornar para o Convento de Ipuarana para assumir novamente como Vigário da Casa, estamos falando de fevereiro de 2006 a janeiro de 2009.

No último capítulo de 2009 foi transferido pela segunda vez para Mossoró, novamente como Guardião, onde mora atualmente, com Frei Urbano Kaup – Pároco, e Frei Edson – Vigário Paroquial.

Homem de Deus, incansável, cheio do Espírito Santo. Em todos os lugares que passou deixou seu legado, um trabalho sempre voltado à preservação - dos Conventos e da vida fraterna - com respeito aos confrades, vida em oração e contemplação. Deixou também sua labuta com as pastorais, assumindo como diretor espiritual de vários grupos e movimentos, como Ministros da Comunhão, liturgia, Coroinhas, Coral, Capelas, realização de batizados, casamentos, celebrações da palavra nos bairros e zona rural. Um verdadeiro missionário.

Tentamos aqui, em poucas palavras, relatar uma vida de quem busca aqui na terra realizar o mandamento que Jesus deixou: “amor ao próximo”. Frei Agostinho, nos esforçamos em relatar fielmente todo trabalho realizado nesses 50 anos, porém, com o sr. sempre dizia: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada, Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."

“Eu pensava que quando me aposentasse terminaria
minha missão na terra, porém, Deus me falou,
enquanto estiver vivo estará em missão”.


Canindé – setembro de 2011.