quinta-feira, 11 de maio de 2023

TAWADROS II AO PAPA: O DIÁLOGO É UM CAMINHO LONGO, MAS SEGURO

 VATICANO

Tawadros II ao Papa: o diálogo é um caminho longo, mas seguro

"Através das sessões de diálogo entre a Igreja copta ortodoxa e a Igreja católica, estamos percorrendo o caminho do amor, mantendo o olhar fixo em Jesus, Aquele que faz nascer a fé e a realiza", disse o patriarca copta ortodoxo em seu discurso.

Vatican News

O Papa Francisco e o Papa de Alexandria, Tawadros II, chefe da Igreja copta ortodoxa do Egito, se encontraram na manhã desta quinta-feira (11/05), no Vaticano.

O patriarca Tawadros II proferiu algumas palavras ao Santo Padre. Disse ser uma honra para ele estar na terra "onde os Apóstolos pregaram e que foi habitada por São Marcos, apóstolo e pregador na terra do Egito, e de onde muitos partiram para evangelizar e pregar ao mundo inteiro em nome de Jesus, Redentor e Salvador".

Citando um trecho da Carta de São Paulo aos Efésios, Tawadros II disse ao Papa Francisco que "o amor é o fundamento permanente e o caminho principal para a perfeição, o único caminho de Deus, porque Deus é amor e todo aquele que o conhece percorre os passos do amor com Ele e para Ele".

"É um longo caminho que percorremos juntos rumo a Deus que disse: "Eu sou o caminho", disse o patriarca copta ortodoxo e "um dos sinais do caminho de amor por todo ser humano é a publicação de sua nova Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, porque testemunha a preocupação por todos os aspectos humano", disse ele.

"Através das sessões de diálogo entre a Igreja copta ortodoxa e a Igreja católica, estamos percorrendo o caminho do amor, mantendo o olhar fixo em Jesus, Aquele que faz nascer a fé e a realiza", sublinhou.

A seguir, o Patriarca recordou as visitas recíprocas entre as duas Igrejas que começaram em 1962. Seguiu-se a visita de Sua Santidade o Papa Shenuda III à Cátedra de Roma em maio de 1973, na presença de Sua Santidade o Papa Paulo VI. Depois, lembrou que em 10 de maio de 1973, os chefes das duas "Igrejas assinaram uma declaração conjunta na qual concordaram em formar um Comitê Conjunto cuja missão é realizar estudos conjuntos nos campos da tradição eclesiástica, da patrística, da liturgia, da teologia, da história e da ciência para comunicar juntos o Evangelho de maneira compatível com a mensagem original do Senhor e com as necessidades e esperanças do mundo de hoje".

"Agradecemos a Deus pela continuação do diálogo teológico do Comitê Internacional Conjunto entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais, que tivemos a honra de acolher em seu último encontro no Logos Center, residência papal no Egito, e que iremos celebrar no próximo ano o vigésimo encontro", frisou.

"O diálogo é um caminho longo, mas seguro, protegido pelos dois lados do amor: o amor de Cristo por nós e o amor recíproco. Como os santos são uma das colunas principais das nossas Igrejas, começando pelos apóstolos Pedro, Paulo e Marcos, escrevemos agora no martirológio das Igrejas novos Mártires que guardaram a fé e deram testemunho de Cristo, que não perderam a coragem diante da tortura e nos deixaram um exemplo vivo no martírio", disse ainda ele, recordando "os vinte e um Mártires da Líbia", celebrados em 15 de fevereiro, "como uma festa para os mártires da era moderna, martirizados nos últimos anos". "Eles se tornam modelo e exemplo contemporâneo para o mundo inteiro, testemunhando que o nosso não é um cristianismo histórico do passado, mas de ontem, hoje e sempre", concluiu.

 

 

11 maio 2023, 13:13
FONTE: VATICAN NEWS

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