sexta-feira, 26 de abril de 2024

PAPA RECEBE BISPOS DA BASILICATA: UNIDADE E CORAGEM NO APOIO AOS JOVENS

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Papa recebe bispos da Basilicata: unidade e coragem no apoio aos jovens

Dom Salvatore Ligorio, presidente dos bispos da Basilicata, fala aos meios de comunicação do Vaticano sobre o encontro com Francisco: um momento de “familiaridade e esperança”.

Tommaso Chieco e Gabriella Ceraso - Vatican News

Um intenso encontro de diálogo e partilha, que durou quase duas horas, marcou a visita ad Limina dos bispos da Basilicata. Durante o encontro, foram discutidos temas do interesse de Francisco e centrais para a vida da região: migração, jovens, trabalho e comunhão dentro da Igreja.

Dignidade e trabalho para migrantes e jovens

“Atenção aos mais pobres, aos que estão longe e o acolhimento dos migrantes” foi um dos aspectos do compromisso da Igreja na Basilicata contado ao Papa, em particular no trabalho de integração dos migrantes e no “respeito pela sua dignidade”. Delicada e difícil, explicou dom Salvatore Ligorio, presidente dos bispos da Lucânia, à mídia vaticana, é a situação dos jovens do Sul, que une a Basilicata e a sua Igreja no que o prelado define como uma “enorme hemorragia”. Esperam-se respostas da política “com projetos a longo prazo”, continuou dom Ligorio, para que o trabalho possa dar respostas e fazer com que os “queridos” jovens não tenham de emigrar.

Os bispos da Basilicata unidos em torno do Papa

“O clima de serenidade” e a coragem que o Papa transmitiu aos bispos tocou o coração de dom Ligorio, que fala de uma “serenidade com a qual voltamos, mais prontos, mais corajosos para levar o bonito anúncio do Evangelho”. O sentimento de paz e unidade foi um ponto forte para todos os prelados presentes, que encontraram na figura de Francisco um “pai que acolhe os seus filhos”.

“Há uma profunda comunhão e unidade entre nós, bispos da Basilicata”, acrescentou dom Ligorio, “e isso também nos fortaleceu em relação ao Papa, ao reiterar não uma obediência estéril, mas uma abertura iluminada pelo espírito do bem, da Igreja e da humanidade". “Voltamos para casa com esta alegria no coração, concluiu dom Ligorio, para levar este bonito anúncio do Evangelho”.

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26 abril 2024, 18:22
FONTE: Tommaso Chieco e Gabriella Ceraso - Vatican News

PAPA PARTICIPARÁ DA SESSÃO DO G7 SOBRE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 PAPA

Papa participará da sessão do G7 sobre Inteligência Artificial

É a primeira vez que um Pontífice participa da reunião de cúpula do grupo, que é integrado também, além da Itália, por Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha e Japão.

Vatican News

O Papa Francisco participará do G7 liderado pela Itália, que será realizado de 13 a 15 de junho em Borgo Egnazia, na Apúlia, sul do país. A informação foi confirmada pela Sala de Imprensa da Santa Sé após o anúncio da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que, em vídeo, especificou que o Pontífice falará na sessão dedicada à inteligência artificial aberta a países não membros. 

É a primeira vez que um Pontífice participa da  reunião de cúpula do grupo, que é integrado também, além da Itália, por Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha e Japão. 

"Agradeço sinceramente ao Santo Padre por ter aceito o convite da Itália. Sua presença dá brilho à nossa nação e a todo o G7", afirmou Meloni, enfatizando como o governo italiano pretende valorizar a contribuição dada pela Santa Sé sobre a questão da inteligência artificial, em particular com o "Rome call for Ai ethics in 2020", promovido pelo Pontifício Conselho para a Vida, em um caminho "que leva a dar aplicação concreta ao conceito de algorética, ou seja, dar ética aos algoritmos".

"Estou convencida de que a presença do Papa contribuirá decisivamente para a definição de um marco regulatório, ético e cultural, para a inteligência artificial", acrescentou Meloni.

Para a premiê, a inteligência artificial será "o maior desafio antropológico desta era", "uma tecnologia que pode gerar grandes oportunidades, mas que também traz consigo enormes riscos, além de afetar inevitavelmente os equilíbrios globais". 

"Nosso compromisso é desenvolver mecanismos de governança para garantir que a inteligência artificial seja centrada no ser humano e controlada pelo ser humano, ou seja, que mantenha a pessoa no centro e tenha a pessoa como seu fim último".

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26 abril 2024, 20:47
FONTE: VATICAN NEWS

DECANO DO CLERO DE VENEZA: RECEBI QUATRO PAPAS E AGORA AGUARDO POR FRANCISCO

 VATICANO

Decano do clero de Veneza: recebi quatro Papas e agora aguardo por Francisco

O Pe. Fausto Bonini, de 86 anos, vivenciou as visitas à cidade italiana de Veneza de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. Agora, é a vez da chegada de Papa Francisco: “um presente do Senhor, um Pontífice muito amado pelo povo humilde. Ele nos ajudará a refletir sobre a proteção da criação, um dever urgente em nossa cidade, e sobre o apelo à paz”.

Alvise Sperandio - Veneza

“Francisco será o quarto Papa que vejo em Veneza, depois de Paulo VI em 1972, João Paulo II em 1985 e Bento XVI em 2011. Será o quinto se acrescentarmos os restos mortais de Pio X, com a peregrinatio corporis de 1959. É sempre um grande dom do Senhor. Francisco nos ajudará a refletir sobre as duas pedras angulares de seu pensamento: a salvaguarda da criação, que em uma cidade frágil como Veneza é ainda mais evidente e se torna um dever urgente, e o apelo à paz: Deus colocou o destino do mundo também nas mãos dos homens e todos nós devemos trabalhar pela concórdia e pelo silenciamento das armas”. O. Pe. Fausto Bonini, que irá completar 86 anos em poucos dias, está entre os decanos do clero de Veneza. Ele ocupou muitos cargos: professor, fundador e diretor da Casa de Estudantes de Santa Fosca para universitários fora de casa, diretor do Departamento de Comunicações Sociais do Patriarcado, porta-voz do Patriarca Marco Cé, arcipreste da Catedral de Mestre e delegado para Mestre e o continente do Patriarca Angelo Scola para as autoridades civis, cônego de São Marcos.

Qual é a sua lembrança desses eventos?

Pio X havia dito: “vivo ou morto, eu voltarei”. Isso aconteceu em 1959: há um capitel na Piazzale Roma que comemora o fato. Foi uma grande celebração, uma peregrinação muito concorrida que se repetiu no ano passado com o retorno à terra natal de Pio X.

Depois, Paulo VI...

Ele estava passando por lá, a caminho de Udine, acho que para a convenção eucarística nacional. Ele queria dar um sinal de apoio ao Patriarca Albino Luciani, que mais tarde se tornaria o Papa João Paulo I. Esses foram os anos de protesto. Houve o famoso gesto que ele fez na passarela da Praça de São Marcos, quando tirou a estola de seus próprios ombros e a colocou nos ombros de Luciani: quase um presságio para aquele que seria seu sucessor.

Inesquecível, então, a visita de João Paulo II...

Ele veio para lembrar os Papas desta terra, do Vêneto. Primeiro ele esteve em Vittorio Veneto, onde foi bispo Luciani, depois foi venerar Pio X em Riese e, finalmente, em Veneza, onde fez muitas visitas e encontros que ficaram na memória de todos: lembro-me, em particular, da sua visita à Universidade de Ca' Foscari.

Depois, há 13 anos, foi a vez de Bento XVI.

Ele celebrou uma missa no parque San Giuliano, diante de 300 mil fiéis. Foi um banho de multidão. Momentos lindos. Com sua delicadeza, ele nos deixou mensagens extraordinárias. Extraordinária aquela com o mundo da cultura na Basilica della Salute.

Para Francisco, a visita a Veneza será entre Giudecca, Salute e San Marco. Que tipo de dia o espera?

Acho que será um dia muito intenso e rico. O Papa Francisco é muito amado, especialmente pelas pessoas mais humildes. O Papa retorna à prisão feminina onde João Paulo II também esteve. A ocasião depende da presença do Pavilhão do Vaticano na Bienal, mas há também o desejo de ficar com as prisioneiras que estão vivendo momentos trágicos de sua existência e precisam ser apoiadas.

Há muita expectativa em relação aos discursos: o que o senhor gostaria de ouvir do Papa?

Acima de tudo, uma mensagem de esperança para a cidade de Veneza, que está passando por um momento desafiador, porque é invadida por multidões de turistas, mas não tem um futuro claro à sua frente, no que diz respeito à sobrevivência natural da cidade. As águas altas são cada vez mais frequentes e a preservação da criação aqui é ainda mais urgente. Veneza corre o risco de ficar submersa em poucos anos. O sistema Mose, com as barreiras nas entradas da lagoa, a preserva. Todos nós devemos estar mais atentos ao cuidado de Veneza. O Papa Francisco repete isso para nós em continuidade, juntamente com seu apelo pela paz.

Um apelo renovado de Veneza, onde o mundo se encontra então?

É urgente parar a guerra. As pessoas parecem não se importar com essa dimensão. Todas as mortes causadas todos os dias pela maldade humana mostram que é uma corrida contínua não para resolver problemas, mas para provar que sou mais forte do que você e, portanto, você deve me ouvir. Uma espiral sem saída, evidentemente. Somos todos pobres criaturas nas mãos de Deus e precisamos aprender a dialogar: os que pagam as consequências de todo esse ódio são sempre os mais pobres, os mais frágeis, os que têm menos recursos para se defender e sobreviver. São tantas as misérias: precisamos nos conscientizar de que o destino do mundo está nas mãos de Deus, mas Ele também o colocou em nossas mãos. E, portanto, muito também depende de nós.

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26 abril 2024, 08:27
FONTE: Alvise Sperandio - Veneza

RONCALLI E WOJTYLA, PASTORES NO MEIO DO POVO

 VATICANO

Roncalli e Wojtyla, pastores no meio do povo

Há dez anos realizou-se a canonização de João XXIII e João Paulo II na missa presidida pelo Papa Francisco na Praça São Pedro. Vivendo em tempos históricos conturbados, os dois santos Pontífices testemunharam a esperança e a alegria que o encontro com Jesus proporciona com a abnegação total a serviço do Povo de Deus.

Alessandro Gisotti

Quem são os santos? Em primeiro lugar, não são super-homens, como Francisco nos lembrou muitas vezes. No entanto, no imaginário coletivo, até mesmo de quem não crê, a santidade é sinônimo de excepcionalidade. Se seu nome está no calendário - poderíamos dizer em tom de brincadeira – certamente se deve a uma vida vivida de forma extraordinária. No entanto, o Papa, justamente por isso, quis enfatizar - e o fez com uma Exortação Apostólica que talvez merecesse ser mais aprofundada - que todos os batizados são chamados à santidade, a serem “santos da porta ao lado”, que são muito mais numerosos do que os indicados no calendário. A santidade, escreveu o Pontífice na Gaudete et Exsultate, se vê “no povo paciente de Deus: nos pais que educam seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham para levar o pão para casa, nos doentes, nas religiosas idosas que continuam sorrindo”. 

Ouça e compartilhe

Nesta santidade do Povo de Deus, povo paciente, que sabe confiar-se ao Pai e deixar-se guiar por Ele, João XXIII e João Paulo II acreditaram com convicção e em 27 de abril de dez anos atrás foram proclamados santos numa Praça São Pedro repleta de fiéis. Angelo Roncalli e Karol Wojtyla – em Veneza e Cracóvia antes do ministério petrino em Roma – foram “pastores com cheiro das ovelhas”, como diria hoje Jorge Mario Bergoglio. Viveram como pastores no meio do povo, sem medo de tocar as chagas de Cristo, feridas visíveis no sofrimento de irmãs e irmãos que formam aquele Corpo que é a Igreja. Uma imagem, esta última, que o próprio Concílio Vaticano II - nascido do coração dócil e corajoso de João XXIII e que teve no jovem bispo Wojtyla um dos seus mais apaixonados apoiadores - recolocou no centro da vida eclesial, ligando-a à experiência original da primeira comunidade cristã da qual nos falam os Atos dos Apóstolos.

Vivemos numa época de grande agitação: nos últimos anos, primeiro a pandemia, depois a guerra na Ucrânia e, por fim, o novo conflito no Oriente Médio se concatenaram, semeando dor, medo e uma sensação de perturbação que, com a globalização, agora parece ser uma dimensão constitutiva da humanidade como um todo. No entanto, os tempos em que Roncalli e Wojtyla viveram não eram menos complexos, nem menos marcados pelo medo da aniquilação da raça humana. João XXIII, idoso e doente, enfrentou a Crise dos Mísseis de Cuba nos primeiros dias do Concílio. João Paulo II, como sacerdote viveu o horror nazista em sua Polônia, como bispo a sufocante ditadura comunista, e como Papa enfrentou, animado pela tenacidade profética, a oposição entre os dois blocos da Guerra Fria até a dramática dissolução da União Soviética e a consequente ilusão do “fim da história”.

Estes dois Papas do século XX não responderam às tragédias do seu tempo com resignação e pessimismo. Eles não seguiram as litanias dos “profetas da destruição” que então, como agora, parecem preferir queixar-se do que está errado em vez de arregaçar as mangas para ajudar a melhorar as coisas. Como sublinhou Francisco na homilia da missa para a canonização dos dois Papas, em João XXIII e João Paulo II “mais forte foi a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da História”, uma fé que se manifestou na alegria e na esperança que somente pode ser testemunhada por quem encontrou Cristo em sua vida. “Estas – observou novamente na homilia – são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado e por sua vez doaram em abundância ao Povo de Deus, recebendo a gratidão eterna”. Uma gratidão aos dois santos que não enfraquece com o passar dos anos, mas cresce na convicção de que agora do Céu podem interceder pela Igreja, pelo Povo de Deus, a quem na sua vida terrena serviram com amor e abnegação.

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26 abril 2024, 14:30
FONTE: Alessandro Gisotti

PRESIDENTE DO TADJIQUISTÃO RECEBIDO PELO PAPA NO VATICANO


 PAPA

Presidente do Tadjiquistão recebido pelo Papa no Vaticano

O chefe de Estado conversou durante 25 minutos com Francisco no Palácio Apostólico do Vaticano. Nos colóquios na Secretaria de Estado, especial atenção à importância do diálogo e da compreensão mútua entre povos e culturas para a promoção da paz.

Thulio Fonseca - Vatican News 

O encontro entre o Papa e o presidente da República do Tadjiquistão, Emomali Rahmon, na manhã desta sexta-feira, 26/04, foi realizado das 9h10 às 9h35. Após o diálogo com Francisco na Biblioteca do Palácio Apostólico, o presidente dirigiu-se à Secretaria de Estado para o encontro com o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo dom Paul Richard Gallagher, secretário para Relações com os Estados e Organizações Internacionais.

Diálogo na Secretaria de Estado

Nas conversas na Secretaria de Estado, informa uma nota da Sala de Imprensa do Vaticano, "foram observadas as boas relações entre a Santa Sé e o Tadjiquistão, e foram discutidos alguns aspectos da situação política e socioeconômica do país. Foi dada atenção especial à importância do diálogo e da compreensão mútua entre povos e culturas para a promoção da paz e da estabilidade no mundo".

Tradicional troca de presentes
Tradicional troca de presentes

Troca de presentes

Durante a troca de presentes, o Papa Francisco presenteou Rahmon com uma escultura em bronze intitulada “Flor Frágil”, juntamente com os volumes dos documentos papais e a Mensagem para a Paz de 2024. O presidente do Tadjiquistão, por sua vez, presenteou o Santo Padre com a cópia de uma antiga escultura que representa a dinastia Sassânida na antiga Pérsia.

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26 abril 2024, 14:04
FONTE: Thulio Fonseca - Vatican News