quarta-feira, 11 de setembro de 2024

SINGAPURA, A CIDADE-ESTADO QUE RECEBE O PAPA FRANCISCO

 MUNDO

Singapura, a cidade-Estado que recebe o Papa Francisco

Co-fundadora da Associação das Nações do Sudeste Asiático (1967), Singapura continua a ser um dos maiores portos do mundo, entre os principais para o tráfego de contêiners. A rápida modernização do país, a industrialização avançada e a eficiência da sua administração atraíram numerosos investidores estrangeiros. Além da indústria e do comércio, as atividades bancárias e financeiras são de grande importância.

Vatican News

Singapura é uma cidade-Estado, composta por uma ilha principal, Singapore Island, e cerca de sessenta ilhas muito menores, das quais as principais são: Pulau Ujong (640 km2), Jurong (32 km2), Tekong (24,5 km2) e Ubin (10 km2).

Localiza-se no sudeste da Ásia, a 137 quilômetros a norte da linha do Equador, no extremo sul da península malaia, da qual está separada pelo Estreito de Johore. O Estreito de Singapura, por outro lado, separa-a de três ilhas indonésias: Bintan, Batam e Bulan. Esta localização, no cruzamento de todas as rotas marítimas do Extremo Oriente, contribuiu consideravelmente para o desenvolvimento econômico e cultural do país, tornando-o um dos centros comerciais e financeiros mais fervilhantes do mundo.

Grande parte de seu território é plano, com altura máxima de 164 m,etro - mais especificamente da colina Bukit Timah -, e caracterizado por costas ricas em manguezais, baixas e arenosas - com exceção do sul, no trecho rochoso de Pasir Panjang - e por uma floresta sempre verde, Singapura é, junto com o Rio de Janeiro, a única cidade do mundo a abrigar uma floresta tropical dentro de uma área urbana. O maior curso d'água é o Seletar, com apenas 15 km de extensão. O clima da ilha é equatorial, muito quente e úmido, com chuvas abundantes durante todo o ano.

Capital: Singapura (5.920.000 habitantes)
Superfície: 683 km2 (Itália: 302.073 km2)
População: 5.637.000 habitantes.
Densidade: 8.253 habitantes/km²
Idioma: inglês, chinês, malaio, tâmil (oficial)
Principais grupos étnicos: chineses (74%), malaios (13,5%), indianos (9%)
Religião: budistas (33%), cristãos (18 %), católicos (3,5%), muçulmanos (15%), taoístas (11%), hindus (5%), não religiosos (17%)
Forma de governo: república parlamentar
Moeda: dólar de Singapura (1 EUR = 1,45 SGD)

Singapura (em sânscrito "Simhapura”, “Cidade do leão”) é uma pequena ilha localizada ao sul da Malásia. Importante centro de comércio já no final da Idade Média, o seu território foi cedido em 1819 pelo Sultão de Johor (Malásia) à Companhia Britânica das Índias Orientais, tornando-se durante o século XIX a principal base naval britânica no leste Asiático. Neste período a ilha registou um claro aumento do número de habitantes, graças também ao fluxo de migrantes chineses e indianos.

Durante a ocupação japonesa, entre 1942 e 1945, a população sofreu massacres e quase toda a infraestrutura da ilha foi destruída. Retornando aos ingleses após o fim do conflito em 1959, obteve o autogoverno dentro da Commonwealth (fundada pelo Parlamento do Reino Unido, é uma organização intergovernamental de 56 Estados independentes, quase todos tendo em comum a sua antiga pertença ao Império Britânico, do qual representa uma espécie de desenvolvimento em uma base voluntária) e em 1963 tornou-se parte da Federação da Malásia da qual saiu em 9 de agosto de 1965, tornando-se independente como República de Singapura associada à Commonwealth.

Singapura é uma república parlamentar, com uma estrutura legislativa unicameral eleita a cada cinco anos. Desde 1959, a cidade-Estado sempre foi governada pelo Partido de Ação Popular (PAP), guiado pelo "pai fundador" Lee Kuan Yew e depois por seu filho Lee Hsien Loong.

Primeiro-ministro de 1959 a 1990, Yew lançou um ambicioso programa de modernização e industrialização que permitiu ao país, carente de matérias-primas, tornar-se um dos quatro chamados "Tigres  Asiáticos" juntamente com Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul. Em 1990, o cargo de primeiro-ministro foi assumido por Goh Chok Tong, mas Yew continuou a desempenhar um papel de liderança no governo da ilha até 2011, quando finalmente se retirou da vida política.

Em 2004, o filho de Yew, Lee Hsien Loong, tornou-se o terceiro primeiro-ministro de Singapura. Caracterizado por um estilo pragmático, Lee tornou-se o garante do bem-estar, do equilíbrio étnico-religioso e do prestígio internacional da cidade-Estado, cujo papel financeiro relançou, atualmente em crescimento, graças também à crise da rival Hong Kong. Uma liderança que teve poucos adversários e que perseguiu a gestão do Estado com base no conceito de “democracia guiada” desenvolvido pelos fundadores. É uma ideia de administração altamente centralizada que visa a ordem e o bem-estar, liberal a nível econômico, mas com uma forte contribuição pública.

Em 15 de maio de 2024, Loong foi sucedido por Lawrence Wong, à frente também do Ministério das Finanças. O novo primeiro-ministro deve abordar várias questões problemáticas: o envelhecimento da população, as tensões étnicas e religiosas, o bem-estar público cada vez mais insuficiente, as necessidades de habitação.

Os contrastes sociais também dizem respeito à mão de obra migrantes (38% da força de trabalho, 1,5 milhões de indivíduos) frequentemente discriminados e mal integrados. Co-fundadora da ASEAN, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (1967), Singapura continua a ser um dos maiores portos do mundo, entre os principais para o tráfego de contêiners. A rápida modernização do país, a industrialização avançada e a eficiência da sua administração atraíram numerosos investidores estrangeiros. Além da indústria e do comércio, as atividades bancárias e financeiras são de grande importância. Singapura é também um importante destino turístico e o principal centro de conferências da Ásia.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

11 setembro 2024, 04:40
FONTE: VATICAN NEWS

Nenhum comentário:

Postar um comentário