VATICANO
Visita histórica do Papa em prisão feminina de Veneza é documentada em livro
Andressa Collet - Vatican News
A Penitenciária Feminina de Giudecca, que acolhe o Pavilhão da Santa Sé na 60ª Exposição Internacional de Arte de Veneza, continua oferecendo workshops diários e visitas guiadas à mostra “Com os meus olhos”, resultado de um encontro entre os artistas e as mulheres que cumprem sentença na casa de detenção. Em especial, nesta terça-feira (10/09), em Milão, será apresentado um catálogo sobre a história do projeto que também contém uma análise aprofundada do trabalho dos curadores, além de documentar um diálogo criado entre os 8 artistas envolvidos e as detentas da prisão. A obra ganhou prefácio do Papa Francisco e conta com uma contribuição do cardeal José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, além de responsável pelo próprio Pavilhão do Vaticano.
O catálogo, editado pelos curadores da exposição Chiara Parisi e Bruno Racine, publicado pela editora Marsilio Arte e com direção artística de Irma Boom, já está disponível nas livrarias e também em modalidade on-line no site da Marsilio Arte a 35 euros. A obra ainda é enriquecida com fotografias de Marco Cremascoli, que mostram os projetos nos locais de detenção, e imagens do artista Juergen Teller que capturaram a visita histórica do Papa Francisco ao Pavilhão em 28 de abril, um evento significativo que viu o Pontífice conhecer as detentas e os artistas.
Em entrevista à Rádio Vaticano-Vatican News em 29 de abril, o cardeal português afirmou que a visita do Pontífice àquelas mulheres foi uma espécie de parábola: "Francisco é um visitador global de cárceres, já visitou quase 20 cárceres, mais do que um por ano durante seu pontificado". E De Mendonça prosseguiu:
"Essa atitude do Santo Padre dá um exemplo enorme a toda a comunidade cristã e à comunidade humana, para dizer que não podemos descartar ninguém, mas temos de abraçar e dar novas oportunidades a todos. Isso, penso eu, que as mulheres detidas neste cárcere entendem muito bem."
A experiência vivida no Pavilhão da Santa Sé
O contexto único da Penitenciária Feminina permite entrelaçar experiências artísticas com a vida cotidiana das detentas, oferecendo um espaço para expressão e diálogo por meio de workshops e visitas guiadas abertas ao público. Desde a abertura oficial do Pavilhão, os 8 artistas envolvidos no projeto (Maurizio Cattelan, Claire Fontaine, Bintou Deìnbélé, Siìnone Fattal, Sonia Goì'nes, Marco Perego e Zoe Saldana, Claire Tabouret, e com a colaboração do Corita Aat Centre) e convidados, com o apoio da equipe de curadoria, produção, educadores e agentes, realizaram uma série de atividades que dialogam e completam a parte da exposição aberta ao público. Visitas guiadas gratuitas continuam sendo oferecidas, com reserva de pelo menos 48 horas de antecedência.
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