IGREJA
A Igreja Católica em Timor-Leste
Vatican News
A Igreja Católica em Timor Leste tem 3 circunscrições eclesiásticas (Arquidiocese de Díli, Diocese de Baucau e Diocese de Malianaonde), com suas 66 paróquias, 665 centros pastorais e um rebanho de 1.439.000 fiéis, pastoreado por 3 bispos e servido por 140 sacerdotes diocesanos, 207 sacerdotes religiosos (347 no total), 1 diácono, 108 religiosos não sacerdotes, 1.038 religiosas professas, 1 membro de Instituto Secular, 10 missionários leigos e 1.724 catequistas. No país, há 461 seminaristas menores e e 614 seminaristas maiores.
Os centros educativos de propriedade e/ou dirigidos por eclesiásticos ou religiosos são: 272 creches ou escolas primárias, atendendo 42.973 crianças; 48 escolas médias inferiores e secundárias, que atendem 39.763 estudantes; e 5 escolas superiores e universidades com 1.445 estudantes.
Entre os centros caritativos e sociais de propriedade e/ou dirigidos por eclesiásticos estão 1 hospital, 28 ambulatórios, 2 casas para idosos, pessoas com invalidez ou deficiência, 16 orfanatrófios ou jardins da infância, 2 consultórios familiares, 1 centro especial de educação ou reeducação social.
A Arquidiocese de Dili
Arquidiocese de Díli (11 de setembro de 2019), ereta diocese em 4 de setembro de 1940; Metropolia – 4.775 km2 com 783.437 habitantes, dos quais 740.250 católicos. Tem 33 paróquias, 234 igrejas, 74 sacerdotes diocesanos (4 ordenados no último ano), 140 sacerdotes regulares residentes na diocese; 1 diácono permanente; 141 seminaristas dos cursos filosóficos e teológicos; 282 membros de institutos religiosos masculinos; 742 membros de institutos religiosos femininos; 128 instituições de ensino; 27 instituições de caridade; 19.510 batismos em 2023).
O arcebispo de Díli é o cardeal Virgílio do Carmo da Silva, S.D.B., nascido em Venilale, Diocese de Baucau, em 27 de novembro de 1967; ordenado em 18 de dezembro de 1998; eleito em Díli, em 30 de janeiro de 2016; consagrado em 19 de março de 2016; promovido a arcebispo em 11 de setembro de 2019; criado cardeal por Francisco no Consistório de 27 de agosto de 2022, sendo titular de Santo Alberto Magno.
As origens
A evangelização de Timor-Leste teve início na primeira metade do século XVI com a colonização da ilha pelos portugueses, que mantiveram o controle da sua parte oriental (com o breve interlúdio da ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial) até 1975, ano em que foi ocupada pela Indonésia.
O território foi visitado uma vez pelo Papa São João Paulo II no âmbito da 44ª Viagem Apostólica, ao Extremo Oriente e às Maurícias (6 a 16 de outubro de 1989), quando o território ainda estava sob controle indonésio. A visita teria voltado a chamar a atenção da comunidade internacional para a situação do povo timorense e para a sangrenta repressão do exército indonésio. Após a declaração de independência em 20 de maio de 2002, a Santa Sé e a República de Timor-Leste estabeleceram relações diplomáticas. Em 2019, as três dioceses do país, Díli, Bacau e Maliana, foram constituídas em Província Eclesiástica.
A Igreja em Timor-Leste hoje
Segundo país com maioria católica na Ásia
A partir da independência alcançada em 2002, Timor-Leste tornou-se o segundo país de maioria católica na Ásia, depois das Filipinas: 98% da sua população de cerca de 1,4 milhões de habitantes é de fato batizada.
Hoje, a educação na fé, juntamente com a formação adequada do clero e dos agentes pastorais locais, representa um dos principais desafios da Igreja de Timor-Leste.
Aumento das vocações
As vocações continuam a ser numerosas. Entre as Ordens religiosas presentes no território estão os Salesianos, os Jesuítas, que chegaram pela primeira vez em 1899, expulsos em 1910 e que regressaram em 1958, os Verbitas e vários institutos religiosos femininos, alguns dos quais locais, comprometidos principalmente na área de educação e assistência.
O papel da Igreja na sociedade timorense
Depois de ter desempenhado um papel de liderança no caminho que conduziu ao referendo sobre a independência de 1999, a Igreja Católica continua a estar muito presente na sociedade timorense, nomeadamente nos setores da educação e da saúde, e a fazer ouvir a sua voz no debate público, como aconteceu durante a discussão da reforma da lei do aborto em 2009.
O papel especial da Igreja Católica na sociedade timorense é reconhecido também pela Constituição de 2002, que no entanto garante plena liberdade de consciência, religião e culto a todas as religiões, encoraja a colaboração entre as diferentes denominações religiosas “que contribuem para o bem-estar da população de Timor-Leste” e proíbe qualquer forma de discriminação baseada na pertença religiosa.
O preâmbulo da Carta sublinha que: “Na sua perspectiva cultural e humana, a Igreja Católica de Timor-Leste sempre foi capaz de assumir com dignidade o sofrimento de todo o povo e saber pôr-se de lado para defender os direitos fundamentais dos cidadãos”. O Artigo 11 afirma ainda que: “O Estado reconhece e aprecia a participação da Igreja Católica no processo de libertação nacional de Timor-Leste.”
As relações com as autoridades civis e outras religiões
Com o Estado timorense, que mantém relações diplomáticas com a Santa Sé desde 2002, existe uma estreita relação de colaboração reforçada pela Concordata de 15 de Agosto de 2015 que define os termos em que a Igreja é livre de oferecer os seus serviços, tanto no que diz respeito à assistência espiritual em prisões, hospitais e orfanatos, bem como no que se refere a atividades de caridade e organização de serviços educativos. O Estado, da sua parte, fornece subsídios à Igreja Católica.
As relações com outras comunidades religiosas, em particular as antigas comunidades muçulmanas e protestantes, também são boas.
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