O ato religioso ocorre em Canindé. Ele é o primeiro no Brasil e busca homenagear esse trabalhador sertanejo
Canindé.
Durante todo o dia de hoje, centenas de vaqueiros, familiares, amigos e
simpatizantes da categoria se reúnem no Parque de Exposição Francisco
de Diassis Bessa Xavier, de onde seguem em direção ao local da Missa do
Vaqueiro, em Canindé.
O evento religioso faz parte do calendário oficial de eventos do Estado do Ceará, congregando familiares, amigos e simpatizantes da categoria que agora é legitimada como profissão por meio de um Projeto de Lei FOTO: ANTÔNIO CARLOS
Por onde passam são aplaudidos, no mais puro reconhecimento a esses homens que no dia a dia enfrentam perigos na caatinga em busca do gado.
O percurso inicia na Avenida São Francisco, ruas Joaquim Magalhães, Mozart Pinto, Aristides Rabelo, José Veloso Jucá, José Pinto e Capela de São Pedro. É coordenado pela cavalaria da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual e Guarda Municipal.
De acordo com o presidente da Associação dos Vaqueiros de Canindé, José Curdulino Filho, a Missa do Vaqueiro município é a mais antiga do Brasil.
Origem
A primeira Missa do Vaqueiro realizada em Canindé foi celebrada no dia 1º de outubro de 1970, no pátio da Basílica de São Francisco, pelo então vigário da época frei Lucas Dolle, organizado pelo poeta popular Raimundo Marreiro, a vaqueira, a mestra da cultura Dina Maria Martins e Juarez Coutinho.
Com o sucesso das celebrações, em 1976, os vaqueiros, heróis do sertão, foram presenteados com uma missa tocada e cantada por Luiz Gonzaga, conhecido como o Rei do Baião.
A Missa do Vaqueiro é um evento religioso e tradicional na cultura popular do sertão. Consta de uma missa celebrada a céu aberto, quando cerca de 1.500 vaqueiros desfilam nos seus cavalos em procissão, levando oferendas ao altar.
Canindé é o primeiro município do Brasil que realizou o ato religioso em homenagem ao vaqueiro, a céu aberto.
A celebração faz parte do calendário oficial de eventos do Ceará, amparada por uma lei nº 14.520 de 08 de dezembro de 2009, de autoria da Deputada Estadual Lívia Arruda e sancionada pelo governador Cid Gomes.
A programação cultural do encontro oferece atrações musicais da região, como aboiadores, trios pé-de-serra, shows.
Inspirada pela primeira missa em Canindé, o estado de Pernambuco celebrou, em 1971, um ato religioso semelhante organizado por Luiz Gonzaga, padre João Câncio e o poeta Pedro Bandeira, na cidade de Serrita.
A profissão de vaqueiro está amparada agora pela legislação. O Senado aprovou, no último dia 24, Projeto de Lei da Câmara que reconhece e regulamenta o trabalho deste sertanejo.
A proposição, que segue agora para a sanção presidencial, define o vaqueiro como profissional responsável pelo trato, manejo e condução de animais como bois, búfalos, cavalos, mulas, cabras e ovelhas.
De autoria dos ex-deputados Edigar Mão Branca e Edson Duarte, o projeto estabelece que a contratação dos serviços de vaqueiro é de responsabilidade do administrador do estabelecimento agropecuário de exploração de animais de grande e médio porte, de pecuária de leite, de corte e de criação.
O projeto obriga a inclusão de seguro de vida e de acidentes em favor do vaqueiro nos contratos de serviço ou de emprego.
Tal seguro deve compreender indenizações por morte ou invalidez permanente, bem como ressarcimento de despesas médicas e hospitalares decorrentes de eventuais acidentes ou doenças profissionais que o vaqueiro sofrer durante sua jornada de trabalho, independentemente da duração da eventual internação, dos medicamentos e das terapias necessárias.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comentando em Plenário o projeto considerou sua aprovação como um resgate do ponto de vista social de enorme dívida do Brasil com os vaqueiros.
Comemoração
A festa de São Francisco em Canindé entra hoje no seu quarto dia, com missas, procissão com o painel que completa 123 anos e novena na Praça dos Romeiros.
O tema é Francisco e seu jeito de defender a ecologia. Hoje chega ao santuário a romaria a pé mais antiga, com 56 anos de estrada.
A atração da caminhada é a dona Raimunda Gomes Braga de 88 anos que viaja a pé acompanha de mais 99 romeiros.
O evento religioso faz parte do calendário oficial de eventos do Estado do Ceará, congregando familiares, amigos e simpatizantes da categoria que agora é legitimada como profissão por meio de um Projeto de Lei FOTO: ANTÔNIO CARLOS
Por onde passam são aplaudidos, no mais puro reconhecimento a esses homens que no dia a dia enfrentam perigos na caatinga em busca do gado.
O percurso inicia na Avenida São Francisco, ruas Joaquim Magalhães, Mozart Pinto, Aristides Rabelo, José Veloso Jucá, José Pinto e Capela de São Pedro. É coordenado pela cavalaria da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual e Guarda Municipal.
De acordo com o presidente da Associação dos Vaqueiros de Canindé, José Curdulino Filho, a Missa do Vaqueiro município é a mais antiga do Brasil.
Origem
A primeira Missa do Vaqueiro realizada em Canindé foi celebrada no dia 1º de outubro de 1970, no pátio da Basílica de São Francisco, pelo então vigário da época frei Lucas Dolle, organizado pelo poeta popular Raimundo Marreiro, a vaqueira, a mestra da cultura Dina Maria Martins e Juarez Coutinho.
Com o sucesso das celebrações, em 1976, os vaqueiros, heróis do sertão, foram presenteados com uma missa tocada e cantada por Luiz Gonzaga, conhecido como o Rei do Baião.
A Missa do Vaqueiro é um evento religioso e tradicional na cultura popular do sertão. Consta de uma missa celebrada a céu aberto, quando cerca de 1.500 vaqueiros desfilam nos seus cavalos em procissão, levando oferendas ao altar.
Canindé é o primeiro município do Brasil que realizou o ato religioso em homenagem ao vaqueiro, a céu aberto.
A celebração faz parte do calendário oficial de eventos do Ceará, amparada por uma lei nº 14.520 de 08 de dezembro de 2009, de autoria da Deputada Estadual Lívia Arruda e sancionada pelo governador Cid Gomes.
A programação cultural do encontro oferece atrações musicais da região, como aboiadores, trios pé-de-serra, shows.
Inspirada pela primeira missa em Canindé, o estado de Pernambuco celebrou, em 1971, um ato religioso semelhante organizado por Luiz Gonzaga, padre João Câncio e o poeta Pedro Bandeira, na cidade de Serrita.
A profissão de vaqueiro está amparada agora pela legislação. O Senado aprovou, no último dia 24, Projeto de Lei da Câmara que reconhece e regulamenta o trabalho deste sertanejo.
A proposição, que segue agora para a sanção presidencial, define o vaqueiro como profissional responsável pelo trato, manejo e condução de animais como bois, búfalos, cavalos, mulas, cabras e ovelhas.
De autoria dos ex-deputados Edigar Mão Branca e Edson Duarte, o projeto estabelece que a contratação dos serviços de vaqueiro é de responsabilidade do administrador do estabelecimento agropecuário de exploração de animais de grande e médio porte, de pecuária de leite, de corte e de criação.
O projeto obriga a inclusão de seguro de vida e de acidentes em favor do vaqueiro nos contratos de serviço ou de emprego.
Tal seguro deve compreender indenizações por morte ou invalidez permanente, bem como ressarcimento de despesas médicas e hospitalares decorrentes de eventuais acidentes ou doenças profissionais que o vaqueiro sofrer durante sua jornada de trabalho, independentemente da duração da eventual internação, dos medicamentos e das terapias necessárias.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comentando em Plenário o projeto considerou sua aprovação como um resgate do ponto de vista social de enorme dívida do Brasil com os vaqueiros.
Comemoração
A festa de São Francisco em Canindé entra hoje no seu quarto dia, com missas, procissão com o painel que completa 123 anos e novena na Praça dos Romeiros.
O tema é Francisco e seu jeito de defender a ecologia. Hoje chega ao santuário a romaria a pé mais antiga, com 56 anos de estrada.
A atração da caminhada é a dona Raimunda Gomes Braga de 88 anos que viaja a pé acompanha de mais 99 romeiros.
Fonte: Diário do Nordeste - Fortaleza - Ce.
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