sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

São Boaventura de Kyoto, mártir japonês, da Ordem Terceira de São Francisco

Boaventura nasceu em Kyoto de pai cristão e mãe pagã. Foi batizado ainda criança, mas pressionado pela mãe voltou ao culto pagão, chegando a viver como monge. Durante vinte anos viveu de forma arbitrária, sem fazer caso das reclamações de sua consciência. Logo que os franciscanos das Filipinas chegaram a Kyoto souberam da triste história do monge budista que havia apostatado da fé cristã e o fizeram ver de maneira clara o horror e o pecado em que estava. Ele, prostrando-se por terra, pediu perdão a Deus, e aos irmãs a graça de ser readmitido na Igreja Católica.
No domingo seguinte, estando a Igreja de Santa Maria dos Anjos cheia de fiéis, compareceu Boaventura diante de todos, vestido de saco, com cinzas sobre a cabeça e com uma corda ao pescoço. Pediu perdão do escândalo que provocara por tantos anos, e como prova de repudio de seus erros e de seu arrependimento, pediu para ser admitido e vestir o hábito da Ordem Terceira Franciscana. Como sinal de sua conversão quis chamar-se Boaventura. Assim como o Doutor São Boaventura foi para a Ordem Seráfica e para a Igreja uma “boa ventura”, assim o novo Boaventura devia ser para a nascente Igreja e para todo o Japão.
Desde aquele momento não se separou dos missionários franciscanos, servindo-lhes continuamente em tudo, especialmente como catequista. Foi preso com eles: na praça da cidade cortaram-lhe um pedaço da orelha esquerda, depois o levaram como os demais a Sakai e depois a Nagasaki, onde foi crucificado e atravessado por lanças dos carrascos em 5 de fevereiro de 1597. Durante a viagem aproveitou uma parada para escrever duas cartas, uma a seu pai e outra a sua mãe e seus parentes. Na primeira exortava seu pai a viver como verdadeiro cristão e a sua mãe a tornar-se cristã; na segunda chamava atenção de sua mãe e de seus parentes sobre o fato de que os deuses por eles venerados eram somente pessoas humanas e que ninguém poderia encontrar a salvação sem estar na Igreja de Cristo. Foi canonizado em 8 de junho de 1862 por Pio IX.
(Fonte: Site da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil)

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