sexta-feira, 28 de setembro de 2012

UM GRANDE GESTO DE FÉ: DETENTOS ACOLHEM A IMAGEM NOSSA SENHORA DE NAZARÉ

Fonte: Alan de Jesus - Arquidiocese de Belém
“Peço que Ela abençoe minha família e meus filhos que estão lá fora”, esse foi o pedido que Marco Antonio Gomes da Silva, de 42 anos, interno do Presídio Estadual Metropolitano II, fez a Nossa Senhora de Nazaré durante visita de sua imagem no estabelecimento penitenciário ontem, 27, às 15 horas. Carregada pelas mãos do Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, a representação da mãe de Jesus percorreu pelos seis Blocos da casa penal, recebendo os pedidos e as orações dos 300 detentos presentes no local.
“Não poder ir para o Círio de Nazaré é uma das coisas que mais me dói. Acompanhava a procissão todos os anos”, lembrou Marco Antonio que há três anos vive na cela do bloco B do presídio Metropolitano II. Para o interno a visita da imagem da “Rainha da Amazônia” é um momento de fé. “Traz para nós um pouco do que é a festa lá fora. Nos aproxima de Deus”, revelou.
As visitas aos estabelecimentos penitenciários fazem parte do projeto de evangelização da Arquidiocese de Belém e são realizadas pela Pastoral Carcerária. Durante o momento religioso os internos recebem os livros de peregrinação do Círio de Nazaré e são convidados a refletirem sobre suas vidas.
“Não sei o que vocês fizeram ou deixaram de fazer. Sei apenas que vocês são filhos de Deus. Desejo, com essa visita, que Ele entre no coração de cada um de vocês”, disse o Arcebispo de Belém, Dom Alberto. “Lembrem-se que não importa o que vocês tenham feito, o amor de Deus permanecerá o mesmo por nós. Esse amor não tem limite de grade e nem de tempo”, frisou o religioso.
As palavras de Dom Alberto foram para o detento Francisco Corrêa de Oliveira, de 50 anos, “conforto espiritual”. Para ele, o momento religioso é uma forma de mostrar à sociedade que é possível ter fé mesmo afastado do convívio social. “Não é porque estamos aqui que não
merecemos a visita de Deus. Sou cristão como qualquer pessoa lá fora e sinto a necessidade também de escutar a Palavra de Deus”, afirmou.
Para o integrante da Pastoral Carcerária, João Bosco, as palavras de Francisco mostram como a religião é importante para o processo de re-socialização dos internos. “Muitos acabam mudando de vida a partir do exemplo de Jesus. A fé transforma os corações amargurados e mostra um novo caminho de vida para muitos deles”, explica. O diretor em exercício do presídio, Emerson Neves, concorda com João Bosco. “Não tem como trabalhar com detentos sem a parceria da religião”, afirma.

(Fonte: Site Arquidiocese de Belém)

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