sábado, 4 de dezembro de 2010

MAIS UMA BOA, DO MEU AMIGO E IRMÃO NA FÉ:

TONICO MARREIRO

CARIDADE MUDOU MUITO...

Meu querido Frei Osmar
Meu virtuoso Pastor
Nesses versos vou mostrar
Que a Caridade mudou.
Está tudo diferente
Inclusive nossa gente
Que também se transformou.
2
O nosso Chico Pereira
Já não tem mercearia
Tá lá no meio da feira
Com uma barbearia
Corta trança, corta cacho,
Alisa queixo de macho
Pobre Chico... Quem diria...
3
O Filho largou a farda
É agora locutor.
Fala na Rádio Vanguarda
A sua voz tem valor.
O Kito, pra variar,
Não torce mais Ceará
É agora tricolôr...
4
"Zé Brechinha" se formou
Agora é homem decente
Na medicina é doutor
De graça, consulta a gente
Vive na honestidade
Num bangalô em Caridade
Com um lindo carrão na frente...
5
Na calçada do DIOSO
Corno não pode sentar
O dono muito jeitoso
Expulsou todos de lá.
Eles acharam foi bom
Mudaram pro Lauriston
Fez o grupo aumentar...
6
A bondosa Mariinha
Do nosso Anísio Ribeiro
Agora tá bem magrinha,
Palito de paliteiro.
E o Anísio engordou
Que o Alonso comparou
Com um porco de chiqueiro...
7
O nosso amigo Nestim
Torce agora é Ceará.
E o bom amigo Alfredim
Quis a "casaca virá"
Jura com toda certeza
Torce agora Fortaleza...
Acreditas Frei Osmar???
8
O nosso amigo "Piston"
Agora anda direito
Só usa perfume bom
Em todo canto é aceito
Ouvi a abelha zoar
Que vai se candidatar
Para ser nosso prefeito...
9
A Margarida Mendonça
Vive bancando rolêta
Porém sua giringonça
Só pára na borbulêta
Se a polícia intervir
Essa negra vai sentir
Como é a coisa prêta
10
Nosso amigo Zé da Banca
Dessa vez escolheu mal.
Esse Zé nunca se manca
Só pensa que é o tal
Da nossa fé se afastou
Pois agora é Pastor
Da Igreja Universal...
11
O amigo Massilom
É agora delegado
Usando cacête bom,
De jucá, desse queimado,
Vive a ameaçar
Os bebuns que encontrar:
"Se eu trancar, tá trancado..."
12
Outro Mendonça, o Luiz,
De um banco é gerente.
Vive sentado, feliz,
Não conheçe mais a gente
Dando uma de artista
Tá na Igreja Batista
Inventando que é crente
13
O nosso Junior Tavares
É agora sacristão
Ajuda o Padre Linhares
As vezes faz o sermão
Tá muito religioso,
Mas tem algo curioso:
Bebe o vinho e deixa o pão...
14
O Assis da padaria
Resolveu ser açougueiro.
O Flivaldo, quem diria,
Bate ferro, é ferreiro.
E o nosso amigo Lima,
Mexe com versos, com rima,
É agora seresteiro...
15
Vou aqui me despedindo
Até breve Frei Osmar.
Eu sei que estás sorrindo
Mas quero aqui lhe explicar:
Nestes versos que lhe faço
Mando daqui meu abraço
Me abençoe de lá pra cá....


Tonico Marreiro.